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Cólicas menstruais

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*A pedidos, algumas dicas para lidar com elas – extraídas do meu livro Só para mulheres (e homens que gostam muito das mulheres)

Mulheres com o peso acima do normal, portanto com mais estrogênio circulando, terão produção maior de prostaglandinas, que fazem doer.

Por outro lado, episódios de abuso sexual na infância e retenção da energia sexual costumam acompanhar histórias de cólicas muito fortes.

Mulheres que querem negar sua feminilidade podem rejeitar a menstruação e ter cólicas.

Se você usa tampões e tem cólicas, experimente deixar de usar para ver se elas continuam; além de ser inconveniente para o ecossistema vaginal, a pressão dos tampões pode ser insuportável para algumas mulheres. Os copinhos coletores que se encaixam na vagina resolvem o problema sem contraindicações (pessoais e planetárias)

Intestino preso também costuma aumentar a intensidade das cólicas, é importante esvaziá-lo ao menos uma vez por dia.

Andar e fazer outros exercícios leves funciona muito, por aliviar a tensão na região abdominal, e roupas justas atrapalham: impedem a boa circulação sanguínea e a respiração profunda.

Quando a cólica começar, deite e cubra-se. Ponha as duas mãos sobre a região dolorida e procure relaxar, de olhos fechados, respirando fundo. Imagine que o ar está chegando até o útero, recolhendo e levando embora toda a tensão quando você expira. Se puder, durma: às vezes a cólica é pura necessidade de descansar.

Não esqueça das tradicionais compressas quentes na barriga! Relaxam e dão um conforto delicioso

Esse quentinho no ventre, proporcionado por aquelas ataduras de crepe que vendem em farmácia, é essencial. Não só na hora da cólica, mas sempre que você se sentir mais frágil e fria. Um copinho de vinho na hora da crise também pode ser ótimo para dilatar os vasos sanguíneos e deixar você numa boa.

Cólicas crônicas? Aí devem ser tratadas como parte da tensão pré-menstrual. Quando resistem aos tratamentos deve-se ver se há endometriose, pois a dor é semelhante.

Dieta: evitar as comidas frias ou geladas e as de natureza fria, como laranja, tangerina, abacaxi; ovos, algas marinhas, café, chá preto, chá mate, guaraná em pó, açúcar, sal; refrigerantes e sorvetes; e excesso de produtos animais. Se houver depressão e perda de memória, comer mais proteína de boa qualidade.
Suplementos de vitamina E (100 mg três vezes ao dia, na segunda fase do ciclo) e magnésio  (100 mg quatro vezes ao dia) têm sido usados com sucesso. A vitamina E parece estimular a produção de endorfinas, substâncias analgésicas produzidas pelo próprio organismo, e o magnésio ajuda a relaxar os músculos e os vasos sanguíneos, inibindo também um tipo de prostaglandina.

Como o nível de cálcio no sangue diminui 10 dias antes da menstruação, pode estar havendo uma deficiência de cálcio e magnésio que sempre deixa a gente mais nervosa. Nesse caso, experimente usar uma combinação de cálcio e magnésio (dolomita) à venda em lojas de produtos naturais. Mas é preciso diluir o pó em água morna e juntar algumas gotas de limão ou vinagre (de cidra, maçã ou arroz) para acidificar a água e forçar a liberação do cálcio. Deixe a mistura repousar meia hora e tome conforme a bula.

Chás: de gengibre (fatiado e fervido por meia hora), hortelã, louro, camomila, alecrim ou artemísia (infusão)

Chineses: indicam o uso de raiz de alcaçuz e de dong quai, que são reguladores do estrogênio e da progesterona. Se uma mulher não tem estrogênio suficiente, estas raízes estimulam a produção; se o problema é estrogênio demais, elas botam o excesso para fora.

Acupuntura: funciona, mas é preciso começar o tratamento antes do período menstrual.

Homeopatia: Valeriana officinalis, tintura, duas doses de meia colher de chá com intervalo de vinte minutos entre ambas. Também Petasites hybridus, um relaxante muscular