Cáscara-sagrada
Nativa do oeste dos Estados Unidos, essa planta era muito utilizada pelos indígenas americanos. Mas foram os colonizadores espanhóis que a batizaram com esse nome. Bem conhecida e bastante indicada nos casos de prisão de ventre, hoje ela está presente em muitas das perigosas formulações para emagrecer – dessas, você deve fugir. No Brasil, é mais fácil encontrá-la na forma de extrato, em casas de produtos naturais.
Nome científico: Rhamnus purshiana
Nomes populares: Não há registros
Fins medicinais: A planta também serve como tônico digestivo. Mas não pode ser usada imediatamente após a colheita. É preciso um processo de envelhecimento de pelo menos um ano, ou ficar na estufa a 100 graus Celsius por, no mínimo, uma hora. Daí a importância de só comprá-la em lojas especializadas.
Como usar: Para regular o intestino, coloque em 1 garrafa de vinho branco ponha 5 colheres de sopa do pó da cascas da cáscara-sagrada. Deixe macerar por 10 dias e coe. Tome 1 cálice antes de deitar, até o intestino voltar a funcionar direito. Aí interrompa imediatamente o uso.
Atenção!A cáscara não pode ser tomada por mais do que alguns pouquíssimos dias. O uso contínuo prejudica terminações nervosas do intestino, que deixa de funcionar sozinho. Grávidas, mulheres que amamentam, portadores de doenças inflamatórias intestinais ou dores abdominais de origem desconhecida não devem usá-la. O uso prolongado também pode levar à perda de potássio, que potencializa arritmias cardíacas. Aliás, não deve ser ingerida por quem toma medicamentos para o coração e anti-inflamatórios como a indometacina.
Cravo-da-índia
Foram os chineses os primeiros a usar a famosa especiaria, tanto como condimento quanto na medicina, séculos antes de Cristo. Por seu aroma, ela também entrava na composição de perfumes e incensos. No século 16 o cravo se tornou uma mercadoria extremamente valiosa e virou alvo de disputa entre portugueses e holandeses. Desembarcou no Brasil pelas mãos dos colonizadores. Até hoje seu óleo é usado na odontologia como analgésico e anti-séptico. Rico em eugenol, ele consegue deter a inflamação nas mucosas e combater inchaços.
Nome científico: Syzygium aromaticum
Nomes populares: Rosa-da-índia, craveiro-da-índia, cravoária
Fins medicinais: Parece ter uma ação anticoagulante pois inibe a agregação das plaquetas.
Como usar: Para prevenir gengivites, faça um antisséptico bucal: adicione 1 xícara de chá de água fervente sobre 1 colher de sopa de cravos e deixe amornar por 10 minutos. Coe e faça bochechos enquanto ainda estiver morno, de duas a quatro vezes ao dia.
Atenção! Grávidas só devem consumir o cravo-da-índia em porções comumente usadas na alimentação, porque qualquer excesso é capaz de provocar contrações no útero. O óleo da planta nunca deve ser ingerido. Ele também pode irritar a pele.
Calêndula
De sabor amargo e perfume suave, a famosa mal-me-quer é um bom cicatrizante. Soldados da guerra civil americana, no século 19, usavam a planta para tratar feridas nos combatentes. Hoje seus benefícios à pele são bem conhecidos e ela é largamente empregada na indústria cosmética. A tintura alivia sintomas de traumatismos e pomadas e compressas à base de calêndula ajudam a tratar furúnculos e varizes. Seus efeitos não param por aí: ela também serve para regular a menstruação e amenizar cólicas.
Nome científico: Calendula officinalis
Nomes populares: Mal-me-quer, margarida-dourada, maravilha-dos-jardins
Fins medicinais: É usada para tratar fungos, acne e escaras, ajuda a prevenir assaduras em crianças e pode aliviar queimaduras leves, inclusive as de sol.
Como usar: Para cólicas menstruais, coloque em 1 xícara de chá de água fervente, coloque 1 colher de sobremesa das flores de calêndula. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 2 xícaras do preparado diariamente nos oito dias anteriores à menstruação.
Alecrim
Na Grécia antiga, ele era erva para toda obra — de cosméticos a incensos, passando por enfeite de coroas. Rico em óleos essenciais como limoneno e cânfora, hoje seu uso medicinal mais comum é em compressas para aliviar contusões e hematomas. Diminui as dores provocadas por doenças reumáticas e articulares.
Nome científico: Rosmarinus officinalis
Nomes populares: Alecrim, alecrim-da-horta, alecrim-de-cheiro, rosmarino, erva-da-graça, libanotis
Fins medicinais: Há indícios de que seus princípios ativos combateriam enxaquecas, para lapsos de memória e baixa de imunidade, diminui dores reumáticas e articulares.
Como usar:Dilua 1 colher de café de óleo essencial de alecrim em 1 xícara de azeite de oliva. Esfregue, então, o óleo na região dolorida com massagens suaves.
Atenção! Em pessoas sensíveis, pode irritar a pele quando usado topicamente. Seu óleo jamais deve ser engolido e, em altas dosagens, é abortivo. Quem é epilético não pode usar a erva, principalmente no difusor..