Você já ouviu falar em furoshiki? Trata-se de uma antiga arte japonesa, que envolve dobraduras e amarrações, na qual qualquer objeto pode ser embrulhado. Para isso, basta unir as extremidades de um tecido com um nó mágico. Não há restrição, tudo pode ser embrulhado com rapidez e versatilidade: marmitas, joias, objetos pessoais.
É possível, inclusive, reaproveitar lenços e panos que antes tinham outras finalidades. Dessa forma, você une o conceito de sustentabilidade, tão presente nos dias atuais, com a praticidade dessa técnica japonesa.
Traduzindo ao pé da letra, furoshiki nada tem a ver com embrulho de objetos em tecido. Segundo Sofia Nanka Kamatani, designer idealizadora do Furoshiki no Brasil, esses acessórios foram vistos pela primeira vez há 1.200 anos. Eram os panos onde se embrulhava o tesouro imperial do Período Nara (no Japão, de 710 a 794 d.C.).
No período Edo (de 1603 a 1868, também no Japão), eles começaram a ser usados pelos senhores feudais para forrar o chão, enquanto tomavam banhos públicos. Daí surgiu o nome Furoshiki: Furo é o nome do local onde senhores tomavam banho. Shiki é o ato de forrar o chão.
Ainda nessa época havia muitos incêndios. Os Furoshikis começaram a servir como mala – os senhores embrulhavam todos os pertences para evitar que queimassem. Seu uso foi contínuo até a Segunda Guerra Mundial, quando foram sumindo, já que mercados e shoppings o substituíram pelas sacolas plásticas.
Porém, com a recente preocupação com o meio ambiente e com a aceitação de estabelecimentos em deixar as sacolas plásticas de lado, o uso das antigas sacolas de pano vem ganhando espaço junto à sociedade. E com isso o furoshiki voltou a ganhar espaço.
Qualquer tecido serve?
Sim. Vale lembrar apenas que, para carregar objetos mais pesados, tecidos mais resistentes são a melhor alternativa. Para objetos delicados, até uma seda pode ser utilizada. “No Japão o tecido mais tradicional é o chirimen. Ele imita a textura da seda, só que é mais resistente. Porém, atualmente o algodão tem sido mais utilizado por ser mais barato e não necessitar de cuidados especiais na lavagem”, explica Claudio Sampei, responsável pelo Movimento Mottainai Brasil (Movimento japonês voltado para educação ambiental).
Geralmente, a amarração fica mais fácil se o tecido é quadrado, ou seja, tem os lados em medidas iguais. Mas o essencial mesmo do furoshiki é o nó dado na amarração. “Ele deve ser feito com um ‘nó mágico’. Ele é de suma importância porque é um nó resistente, mas que conseguimos desatar com facilidade”, ensina Sofia Nanka Kamatani.
Como fazer o nó mágico?
É bem fácil. Aprenda neste vídeo tutorial aqui!
Ecobags Furoshikis
Aprenda a fazer duas Ecobags utilizando o nó mágico do Furoshikis, com o passo a passo desenvolvido por Sofia:
1) Coloque as compras ao centro.
2) Na parte superior dê um nó.
3) Nas laterais dê um nó simples para que as suas compras não fiquem pelo caminho.
4) Pronto! É só conferir se os nós estão fortes
Modelo 2
1) Coloque sua compras ao centro
2) Na parte superior dê um nó.
3) Nesse caso, você irá finalizar as duas extremidades com o nó do Furoshiki.
4) Confirme se os nós estão firmes!
Com esses vídeos abaixo, você aprende mais coisas:
Bolsas:
Sacola fashion:
Embrulho para garrafa: