Publicado em

Quinoa

ramo-com-quinoa-41119

Espinafre com grãos

Experimentos com aves mostram que o pseudocereal – sim, do ponto de vista da botânica, apesar de parecida com os grãos integrais, é isso o que a quinoa é – carrega substâncias capazes de melhorar o transporte de oxigênio pelas células do sangue. Isso, inclusive, justifica em parte a sobrevivência dos antigos exércitos andinos ao chamado “mal da altitude”, ou seja, jornadas de trabalho hercúleas sob as dificuldades do ar rarefeito.

Ah, sim: a quinoa também é apelidada de espinafre com grãos. “Isso por causa da proximidade entre as duas plantas”, explica o agrônomo Walter Quadros, de Cerrados, no Distrito Federal

 

Alimento dos incas

Estudiosos presumem que a quinoa já era cultivada ao redor do Lago Titicaca, na fronteira entre Peru e Bolívia, há mais de 5 mil anos. Essa região teria sido o berço da civilização inca. “É provável que as populações dos vales andinos tenham levado o grão para outras áreas do altiplano boliviano”, conta o agrônomo Carlos Spehar, de Brasília (DF)

Faz bem para a memória

Essa sementinha deixa a memória afiada! É que ela contém aminoácidos relacionados ao desenvolvimento da inteligência, à rapidez de reflexos e à facilidade de aprendizagem

 

Combate a anemia e a osteoporose

Outra faceta da quinoa de dar inveja a qualquer cereal genuíno é a concentração de zinco, cálcio e ferro — esse último, suficiente para convencer os especialistas de que a quinoa seria uma solução para casos de anemia. Sem falar nos indícios de que seus fitoestrógenos, que cumprem o papel de hormônios no organismo, ajudariam a afastar a osteoporose nas mulheres depois da menopausa

Ajuda a perder peso

Uma porção de 100 g de quinoa contém 374 calorias. Parece muito, né? Mas, apesar de calórica, a quinoa ajuda a perder peso. É que ela possui muitas fibras, o que aumenta a sensação de saciedade durante as refeições, melhora o funcionamento intestinal e reduz a absorção de lipídeos. “

Além de ter proteínas e carboidratos de baixo índice glicêmico (que demoram mais para ser digeridos), o cereal é ótima fonte de vitamina D (ajuda na absorção de cálcio), vitamina E (antioxidante) e vitaminas do complexo B (bom para o metabolismo celular), e de minerais, como ferro, magnésio, zinco e potássio”, afirma a nutróloga Cristiane Coelho

 

Faz bem para o coração

Pesquisas recentes apontam que as fibras e a saponina, substância detergente que recobre a quinoa, poderiam reduzir os níveis de colesterol produzido pelo fígado, evitando problemas cardiovasculares.

Incluí-la no cardápio seria também uma maneira de combater a obesidade. “Ainda faltam estudos que esclareçam todos os seus benefícios para a saúde”, pondera Farfan. Um sinal de que não são poucos

Em grãos, flocos ou farinha

Você encontra a quinoa nas três formas:

Grãos: no Brasil circulam aqueles de coloração amarelada. Mas existem variações de tons vermelho, cinza e preto. Vão bem em saladas, como o tabule, servido com legumes e funcionam como substituto do arroz em diversos pratos. Cozinhe em fogo baixo, seguindo a proporção de 2 e 1/2 xícaras (chá) de água para 1 de quinoa.

Flocos: combinam mais com o café da manhã. A sugestão é salpicar nas frutas, bater com leite ou iogurte. Outra forma de consumo que lembra os flocos é o grão expandido — submetido ao calor e à pressão, ele vira uma espécie de pipoca, usada para fazer barras de cereais.

Farinha: ela pode entrar na lista de ingredientes de pães, massas, bolos e tortas. Mas cuidado com os excessos: seu sabor residual costuma ser forte. Utilize 20% do farináceo da receita original e apenas complete com a farinha de quinoa

Publicado em 1 comentário

Virose: sintomas, tratamento e prevenção

 

virose-25314

 

O que é virose?

Primeiro, vale dizer que toda doença provocada por um vírus pode ser chamada de virose. ”É uma maneira genérica de chamar doenças quando não se consegue confirmar o vírus causador”, diz o infectologista Orlando Gomes da Conceição.

Ao se descobrir o vírus, aí, sim, o problema é chamado pela denominação específica: dengue, catapora e herpes são viroses. A gripe também: ”O vírus influenza sofre mutações, por isso pegamos gripe várias vezes na vida”, diz Marcelo Ferreira, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

No verão, no entanto, as viroses mais comuns são as gastrointestinais – aquelas que fazem mal ao trato digestivo, causando diarreia e enjoo. É sobre elas que falaremos.

Quais as mais comuns?

Entre as viroses gastrointestinais que afetam o intestino, o estômago, a boca, o reto e o ânus há dois tipos mais comuns. Conheça-os:

Rotavírus – ”É uma doença disseminada e fácil de ser transmitida. Por isso, raramente alguém chega à idade adulta sem entrar em contato com o vírus”, diz o infectologista Gustavo Johanson. Existe uma vacina para crianças a ser aplicada em duas doses: a primeira aos 2 meses e a segunda, aos 4.

Norovírus – Menos comum que o rotavírus, pode ser contraído em qualquer idade e causar surtos de gastroenterite (acontece quando uma família inteira viaja e todos voltam com diarreia).

O que ela provoca?

Todos os tipos de virose gastrointestinal têm sintomas bem parecidos. São eles: diarreia, vômito, mialgia (dores no corpo), dores abdominais e, em muitos casos, febre. Geralmente, o doente sente tudo isso durante um período de três a cinco dias. Vale dizer que a virose pode, sim, ser grave, já que vômitos e diarreia excessiva levam a quadros de desidratação. Por isso, é importante beber muito líquido – principalmente as crianças, que sofrem ainda mais com a perda de água do corpo.

Como ocorre o contágio?

Qualquer um é suscetível a ser infectado por viroses, principalmente através do contato com outras pessoas e secreções. Aliás, as doenças virais estão presentes ao longo de todo o ano. No inverno, elas se espalham pelo ar, pois todos tendem a ficar em espaços fechados.

No verão, o maior risco de contaminação está na ingestão de alimentos ou água contaminada. “Também há disseminação do vírus através de meios aquáticos, como mar, piscinas e lagoas”, explica o infectologista Jean Gorinchteyn. Isso acontece porque muita gente libera secreções na água, como fezes,e basta alguém engolir um pouco dessa água para pegar o vírus.

Como devo tratar? Receita de soro caseiro

O tratamento contra a virose gastrointestinal deve ser sintomático (trata os sintomas). Tome analgésico para dor no corpo e antitérmico em caso de febre – conforme a orientação médica! O essencial mesmo é hidratar-se, tomando bastante líquido – água e água de coco são boas opções.

Em casos de diarreia intensa, com risco de desidratação severa, o ideal é tomar o soro. É possível comprá-lo em farmácias ou fazê-lo em casa.

Receita de soro caseiro: 1 litro de água filtrada ou fervida, 1 colher (sopa) de açúcar, 1 colher (chá) de sal. Misture tudo e beba. O sabor deve ser parecido com o da lágrima, ou seja, nem doce nem salgado.

Como posso prevenir?

1. Tome cuidado ao se alimentar. Não tome água ou compre alimentos sem saber a sua procedência.
2. Beba água mineral ou previamente fervida.
3. Lave sempre as mãos, principalmente antes das refeições e depois de ir ao banheiro.

Publicado em

Plantas medicinais

plantas-medicinais-cascara-sagarada

 

Cáscara-sagrada

Nativa do oeste dos Estados Unidos, essa planta era muito utilizada pelos indígenas americanos. Mas foram os colonizadores espanhóis que a batizaram com esse nome. Bem conhecida e bastante indicada nos casos de prisão de ventre, hoje ela está presente em muitas das perigosas formulações para emagrecer – dessas, você deve fugir. No Brasil, é mais fácil encontrá-la na forma de extrato, em casas de produtos naturais.

Nome científico: Rhamnus purshiana

Nomes populares: Não há registros

Fins medicinais: A planta também serve como tônico digestivo. Mas não pode ser usada imediatamente após a colheita. É preciso um processo de envelhecimento de pelo menos um ano, ou ficar na estufa a 100 graus Celsius por, no mínimo, uma hora. Daí a importância de só comprá-la em lojas especializadas.

Como usar: Para regular o intestino, coloque em 1 garrafa de vinho branco ponha 5 colheres de sopa do pó da cascas da cáscara-sagrada. Deixe macerar por 10 dias e coe. Tome 1 cálice antes de deitar, até o intestino voltar a funcionar direito. Aí interrompa imediatamente o uso.

Atenção!A cáscara não pode ser tomada por mais do que alguns pouquíssimos dias. O uso contínuo prejudica terminações nervosas do intestino, que deixa de funcionar sozinho. Grávidas, mulheres que amamentam, portadores de doenças inflamatórias intestinais ou dores abdominais de origem desconhecida não devem usá-la. O uso prolongado também pode levar à perda de potássio, que potencializa arritmias cardíacas. Aliás, não deve ser ingerida por quem toma medicamentos para o coração e anti-inflamatórios como a indometacina.

plantas-medicinais-cravo-da-india

 

Cravo-da-índia

Foram os chineses os primeiros a usar a famosa especiaria, tanto como condimento quanto na medicina, séculos antes de Cristo. Por seu aroma, ela também entrava na composição de perfumes e incensos. No século 16 o cravo se tornou uma mercadoria extremamente valiosa e virou alvo de disputa entre portugueses e holandeses. Desembarcou no Brasil pelas mãos dos colonizadores. Até hoje seu óleo é usado na odontologia como analgésico e anti-séptico. Rico em eugenol, ele consegue deter a inflamação nas mucosas e combater inchaços.

Nome científico: Syzygium aromaticum

Nomes populares: Rosa-da-índia, craveiro-da-índia, cravoária

Fins medicinais: Parece ter uma ação anticoagulante pois inibe a agregação das plaquetas.

Como usar: Para prevenir gengivites, faça um antisséptico bucal: adicione 1 xícara de chá de água fervente sobre 1 colher de sopa de cravos e deixe amornar por 10 minutos. Coe e faça bochechos enquanto ainda estiver morno, de duas a quatro vezes ao dia.

Atenção! Grávidas só devem consumir o cravo-da-índia em porções comumente usadas na alimentação, porque qualquer excesso é capaz de provocar contrações no útero. O óleo da planta nunca deve ser ingerido. Ele também pode irritar a pele.

plantas-medicinais-calendula

 

Calêndula

De sabor amargo e perfume suave, a famosa mal-me-quer é um bom cicatrizante. Soldados da guerra civil americana, no século 19, usavam a planta para tratar feridas nos combatentes. Hoje seus benefícios à pele são bem conhecidos e ela é largamente empregada na indústria cosmética. A tintura alivia sintomas de traumatismos e pomadas e compressas à base de calêndula ajudam a tratar furúnculos e varizes. Seus efeitos não param por aí: ela também serve para regular a menstruação e amenizar cólicas.

Nome científico: Calendula officinalis

Nomes populares: Mal-me-quer, margarida-dourada, maravilha-dos-jardins

Fins medicinais: É usada para tratar fungos, acne e escaras, ajuda a prevenir assaduras em crianças e pode aliviar queimaduras leves, inclusive as de sol.

Como usar: Para cólicas menstruais, coloque em 1 xícara de chá de água fervente, coloque 1 colher de sobremesa das flores de calêndula. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 2 xícaras do preparado diariamente nos oito dias anteriores à menstruação.

plantas-medicinais-alecrim

 

Alecrim

Na Grécia antiga, ele era erva para toda obra — de cosméticos a incensos, passando por enfeite de coroas. Rico em óleos essenciais como limoneno e cânfora, hoje seu uso medicinal mais comum é em compressas para aliviar contusões e hematomas. Diminui as dores provocadas por doenças reumáticas e articulares.

Nome científico: Rosmarinus officinalis

Nomes populares: Alecrim, alecrim-da-horta, alecrim-de-cheiro, rosmarino, erva-da-graça, libanotis

Fins medicinais: Há indícios de que seus princípios ativos combateriam enxaquecas, para lapsos de memória e baixa de imunidade, diminui dores reumáticas e articulares.

Como usar:Dilua 1 colher de café de óleo essencial de alecrim em 1 xícara de azeite de oliva. Esfregue, então, o óleo na região dolorida com massagens suaves.

Atenção! Em pessoas sensíveis, pode irritar a pele quando usado topicamente. Seu óleo jamais deve ser engolido e, em altas dosagens, é abortivo. Quem é epilético não pode usar a erva, principalmente no difusor..

Publicado em

Como cuidar da sua Alimentação no Inverno

sopa-580x441

 

O inverno é uma época em que devemos dar especial atenção à nossa alimentação, pois tendemos a procurar alimentos mais quentinhos e calóricos e deixar de lado alimentos como frutas e verduras.

Essa procura por alimentos com uma maior densidade calórica é normal, pois nosso corpo precisa de mais energia para manter o corpo aquecido durante as baixas temperaturas, ou seja, nós também gastamos mais calorias no inverno. Porém, a maioria das pessoas acaba exagerando no consumo de massas, queijos e doces, e isto, juntamente com a redução do consumo de frutas, folhosos crus, água e falta de exercícios físicos pode levar ao aumento indesejado de peso.

Este aumento de peso não ocorre apenas pelo excesso calórico, mas também pelo excesso do consumo de alimentos pró-inflamatórios, ricos em gorduras saturadas e carboidratos simples e pela deficiência do consumo de alimentos fonte de vitaminas, minerais e fibras. Por isso, quando você estiver pensando em consumir algo para se aquecer, opte por alimentos quentinhos, mas que também sejam ricos em nutrientes, como sopas de legumes, chás de ervas, cremes de vegetais, legumes quentes, etc., mas não se esqueça das frutas e verduras cruas. Tome cuidado também para não exagerar no pão e na torrada que acompanhar com a sopinha ou o chá.

Você também pode optar por pratos mais elaborados, desde que sejam preparados com ingredientes saudáveis e da maneira correta. O Fondue de grão de bico por exemplo, é uma ótima opção.

Publicado em

Temperos frescos no quintal de casa

ervas-caixa-600

 

Quem tem garante: basta começar uma pequena horta para nunca mais querer abandonar a praticidade de contar com temperos e ervas aromáticas ao alcance das mãos, na sacada do apartamento ou no quintal de casa. Os profissionais que entendem do assunto dizem que a iniciativa dá um pouco de trabalho, mas que vale a pena para ter salsinha, manjericão e pimenta fresquinhos à disposição.

O que plantar

Veja informações sobre as características dos diferentes tipos de plantas, para escolher a que mais combina com a sua rotina:

Alecrim: como é uma planta muito resistente, é ideal para quem não tem muito tempo para cuidar da horta. Adaptado a climas mais quentes e secos, pode passar até três dias sem ser regado. É ideal para temperar carnes, especialmente peixe e frango.

Cebolinha e salsinha: resistem bem ao inverno e precisam ser regadas diariamente para se desenvolverem. Ambas são usadas em sopas, saladas, omeletes e sanduíches.

Hortelã: como as raízes são mais profundas que as das demais ervas, deve-se sempre plantá-la sozinha em um vaso, para não prejudicar o desenvolvimento das outras plantas. Bastante apreciada pela culinária árabe, vai bem em assados e grelhados e pode ser usada na decoração de pratos e no preparo de chás.

Manjericão: prefere temperaturas mais altas ou, pelo menos, amenas. É bom se informar sobre as peculiaridades dos diferentes tipos. O manjericão roxo, por exemplo, não gosta de muito sol. É ótimo para acompanhar pratos da cozinha italiana, como pizzas e molhos para massas.

Manjerona: com características parecidas com o manjericão, ela precisa ser regada todos os dias. Popular nas cozinhas grega e italiana, acompanha pratos com carnes, sopas e pizzas.

Orégano: se adapta bem em vários ambientes e exige pouca água para se desenvolver. Conhecido por seu uso em pizzas, o orégano também pode ser utilizado em molhos e assados.

Pimenta: resistente, é uma planta que gosta de espaço para se desenvolver. Vale a pena plantá-la sozinha na floreira, para que consiga crescer rapidamente. Com seu sabor picante, vai bem em molhos, conservas e temperos.

Sálvia: resiste bem às baixas temperaturas, então se dá bem no inverno. É ideal para quem não tem muito tempo para cuidar, porque pode ser regada a cada dois dias. É usada principalmente para a decoração de pratos e para temperar carnes mais gordurosas, como carne de caça.

Tomilho: é do tipo que não gosta de muita água e pode ser regado a cada dois dias. Uma dica importante: quanto menor a umidade no vaso, mais cheiroso o tomilho fica. Usado principalmente em ensopados e molhos à base de vinho.

“Outra vantagem é a diferença que a medida garante ao sabor da comida. Quando você começa a perceber quais acompanhamentos vão melhor com cada erva e se preocupa em manter a horta bem cuidada, o gosto dos pratos fica muito melhor”, comenta o arquiteto, paisagista e proprietário da Horgânica Cultivos Saudáveis, Ronaldo Leão Rego. A empresa desenvolve projetos para pessoas que desejam montar a própria horta.

Ronaldo explica que os temperos podem ser plantados o ano todo, mas algumas épocas rendem ervas melhores. “No Brasil, o clima é mais regulado, então não há muitas ressalvas. Porém, como na primavera e no verão as plantas se desenvolvem mais, estamos entrando na melhor época para começar a horta.”

Quanto às plantas a serem escolhidas, o engenheiro agrônomo e gerente de jardinagem da Esal Flores, Rafael Yano, garante que a decisão é pessoal. “As preferidas são manjericão, cebolinha, salsinha e pimenta”, diz.

Plantas como alecrim, sálvia, cebolinha e orégano são mais resistentes e conseguem se desenvolver mesmo com poucos cuidados. Mas não tem jeito: quem pretende ter uma horta em casa precisa gostar de cuidar de plantas. “Se a pessoa não quiser dispor de pelo menos uma hora por semana e colocar a mão na terra de vez em quando, nem adianta começar”, adianta o arquiteto.

O principal cuidado antes de começar a horta é se manter atento à quantidade de luz. Todas as ervas precisam, no mínimo, de quatro horas diárias de sol direto, preferencialmente em horários mais amenos, entre 9 h e 15 h. No horário do almoço, o melhor é abrigar a planta na sombra.

Também é bom não exagerar no volume de água. Há plantas que exigem pouca quantidade, como o alecrim, e outras, como a salsinha e a cebolinha, que gostam de muita umidade. Por isso é bom se informar, ficar de olho nas plantas e descobrir a frequência ideal para regar cada uma delas.

O vento forte e o frio também são inimigos, portanto, principalmente no inverno, vale a pena remover as floreiras de locais onde tomem vento direto ou utilizar coberturas adaptadas, como telas ou capas de máquina de lavar roupa.

Verduras e legumes

Para quem está pensando em começar uma horta com ervas aromáticas e logo plantar também verduras e legumes, o arquiteto recomenda paciência. Um pé de alface, por exemplo, precisa de um vaso de pelo menos 30 centímetros de altura e 20 de diâmetro para se desenvolver. “Além de exigir espaço, também há a questão do tempo. O ciclo das verduras e dos legumes é demorado: a pessoa tem de calcular se vale a pena todo o trabalho para esperar dois meses até conseguir uma alface”, afirma.

Outro problema é que, mesmo que a pessoa tire apenas algumas folhas para consumo, a alface continua crescendo. “É comum os pés chegarem a um metro de altura, o que é incompatível com um apartamento.”

Cuidados

Veja cinco dicas para manter sua horta sempre bem cuidada:

 


O local: Prefira cômodos onde bate sol direto pela manhã, como a sacada, o quintal e a área de serviço. As hortas mais conhecidas são as horizontais, dispostas em floreiras, que podem ser colocadas no chão. Para quem tem pouco espaço e quer caprichar na decoração, vale a pena investir em hortas verticais.

 


As pragas: Em caso de praga, uma dica quase infalível é aplicar nas ervas um pouco de óleo de nim – um inseticida e fungicida orgânico. Caso prefira, você pode dissolver um pouco de sabão em pó e uma pitada de sal em água, o que funciona principalmente no caso da cebolinha. Aplique com um borrifador.

 


A rega: O ideal é molhar as plantas diariamente, mas não exagere na quantidade de água. Para verificar se a rega está correta, coloque um dos dedos na terra e afunde um pouco. Você deve sentir a terra úmida – e não seca ou encharcada. Também vale a pena comprar um tubete perfurado, à venda em lojas de produtos para jardinagem. Formado por uma espécie de canudo, ele fica enterrado no vaso e controla a dispersão da água.

 


A poda: Os temperos e as ervas aromáticas não precisam de uma poda específica, já que frequentemente as folhas são arrancadas para consumo, mas é bom ficar atento à forma certa de realizar esse processo. No caso do manjericão, nunca se deve puxar a folha de maneira que descasque o caule. O melhor é não usar facas ou tesouras e cortar a folha com as mãos, já que vários temperos reagem ao corte com lâmina. A cebolinha não deve ser cortada, o que faz com que ela brote mais fraca. Como ela é formada por “capas”, o ideal é retirar as camadas de fora até a base.

 

A manutenção: É recomendado afofar a terra pelo menos mensalmente, revirando-a dentro do vaso de maneira delicada para não machucar as raízes. Também é bom acrescentar um pouco de adubo durante esse processo. De seis em seis meses, vale a pena trocar a terra da floreira para renovar os nutrientes.

Publicado em

Furoshiki, aprenda a fazer dobraduras em tecido

Você já ouviu falar em furoshiki? Trata-se de uma antiga arte japonesa, que envolve dobraduras e amarrações, na qual qualquer objeto pode ser embrulhado. Para isso, basta unir as extremidades de um tecido com um nó mágico. Não há restrição, tudo pode ser embrulhado com rapidez e versatilidade: marmitas, joias, objetos pessoais.

É possível, inclusive, reaproveitar lenços e panos que antes tinham outras finalidades. Dessa forma, você une o conceito de sustentabilidade, tão presente nos dias atuais, com a praticidade dessa técnica japonesa.

Traduzindo ao pé da letra, furoshiki nada tem a ver com embrulho de objetos em tecido. Segundo Sofia Nanka Kamatani, designer idealizadora do Furoshiki no Brasil, esses acessórios foram vistos pela primeira vez há 1.200 anos. Eram os panos onde se embrulhava o tesouro imperial do Período Nara (no Japão, de 710 a 794 d.C.).

No período Edo (de 1603 a 1868, também no Japão), eles começaram a ser usados pelos senhores feudais para forrar o chão, enquanto tomavam banhos públicos. Daí surgiu o nome Furoshiki: Furo é o nome do local onde senhores tomavam banho. Shiki é o ato de forrar o chão.

Ainda nessa época havia muitos incêndios. Os Furoshikis começaram a servir como mala – os senhores embrulhavam todos os pertences para evitar que queimassem. Seu uso foi contínuo até a Segunda Guerra Mundial, quando foram sumindo, já que mercados e shoppings o substituíram pelas sacolas plásticas.

Porém, com a recente preocupação com o meio ambiente e com a aceitação de estabelecimentos em deixar as sacolas plásticas de lado, o uso das antigas sacolas de pano vem ganhando espaço junto à sociedade. E com isso o furoshiki voltou a ganhar espaço.

Qualquer tecido serve?

Sim. Vale lembrar apenas que, para carregar objetos mais pesados, tecidos mais resistentes são a melhor alternativa. Para objetos delicados, até uma seda pode ser utilizada. “No Japão o tecido mais tradicional é o chirimen. Ele imita a textura da seda, só que é mais resistente. Porém, atualmente o algodão tem sido mais utilizado por ser mais barato e não necessitar de cuidados especiais na lavagem”, explica Claudio Sampei, responsável pelo Movimento Mottainai Brasil (Movimento japonês voltado para educação ambiental).

Geralmente, a amarração fica mais fácil se o tecido é quadrado, ou seja, tem os lados em medidas iguais. Mas o essencial mesmo do furoshiki é o nó dado na amarração. “Ele deve ser feito com um ‘nó mágico’. Ele é de suma importância porque é um nó resistente, mas que conseguimos desatar com facilidade”, ensina Sofia Nanka Kamatani.

Como fazer o nó mágico?

É bem fácil. Aprenda neste vídeo tutorial aqui!

Ecobags Furoshikis

Aprenda a fazer duas Ecobags utilizando o nó mágico do Furoshikis, com o passo a passo desenvolvido por Sofia:

1) Coloque as compras ao centro.

2) Na parte superior dê um nó.

3) Nas laterais dê um nó simples para que as suas compras não fiquem pelo caminho.

4) Pronto! É só conferir se os nós estão fortes
Modelo 2

 

1) Coloque sua compras ao centro

2) Na parte superior dê um nó.

3) Nesse caso, você irá finalizar as duas extremidades com o nó do Furoshiki.

4) Confirme se os nós estão firmes!

 

Com esses vídeos abaixo, você aprende mais coisas:

Bolsas:

Sacola fashion:

Embrulho para garrafa: