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Dia das Crianças: atividades em família

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Que tal inovar? Em vez de presente, ofereça aos filhos (e à família) a oportunidade de realizar muitas atividades juntos. De brincar de massinha a andar bicicleta, tá valendo tudo que é legal, divertido e que permita fluir. “É muito comum as crianças nos surpreenderem com relatos inusitados, ‘segredos’ e revelações singulares nesses momentos lúdicos que compartilham ao lado dos pais, fruto da confiança e da aproximação gerada pelo brincar”, diz Cecília Biglia, psicóloga e psicanalista e idealizadora do Coisário Ateliê Brincante. Aos adultos, um aviso importante: só será agradável se o perfil e os interesses da criança e dos pais forem respeitados e se os adultos estiverem, de fato, envolvidos. “Deve-se estar presente com qualidade, e não olhando para o celular ou para a TV”, completa Maria Angela Barbato Carneiro, educadora e coordenadora do núcleo de cultura e pesquisa do Brincar, da PUC-SP.

Separamos algumas sugestões de atividades. Então, desligue o celular, guarde os tablets e aumente o som do iPod para curtirem todos juntos:

 

1. Cozinhar

Todas as comidinhas que possam ser feitas com as mãos têm alta receptividade entre os pequenos. Algumas crianças adoram sentir a textura das misturas. Outras preferem decorar. Opte pelo simples. Pode ser uma salada de frutas, uma salada de folhas, bolos, cupcakes, brigadeiros, sucos, milkshakes, sanduíches, pizzas, pão de queijo, omeletes, rocamboles, bolo de rolo.

Lembrete: os pequeninos têm menos coordenação motora, então, prepare-se para ingredientes espalhados para fora das travessas. Além disso, as crianças se dispersam com facilidade, então, para não ser abandonada no meio da receita, escolha algo fácil e rápido de ser produzido.

 

2. Teatro de sombras

Bastam lençol esticado e pregado entre duas paredes (use fita crepe), abajur com lâmpada acesa colocado no chão, atrás do lençol, e bonecos de papel (com olhos e bocas vazados) colados em palito de madeira (aqueles de churrasco), para a sessão começar. Soltem a imaginação e a voz!

Lembrete: todos da família poderão criar os próprios personagens e histórias, além de ter a chance de interpretar e, ao final, ouvir os aplausos da plateia, é claro.

 

3. Brincar de teatrinho

Achou o teatro de sombras complicado? Então, aposte apenas no teatro. Estique o lençol, pregue-o entre duas paredes e crie histórias divertidas, engraçadas, bem-humoradas com alguns bonecos que seu filho e filha têm no quarto. Para envolver ainda mais as crianças na brincadeira, confeccionem as entradas do espetáculo, anotando, em um papel cortado, o nome e o horário da peça, além de preço e número da cadeira.

Lembrete: não esqueçam que a plateia tem que aplaudir no final.

 

4. Montar um álbum de fotografia

Além de colocar um pouco de ordem no arquivo fotográfico da família, os filhos vão apreciar ver fotos de épocas diferentes. É assim que os pequenos vão entendendo a própria origem. É possível fazer álbuns temáticos: viagens, festas, passeios, amigos, escola, 1º ano de vida.

Lembrete: essa é uma atividade-projeto, pois precisa de planejamento e ter como objetivo finalizar ao menos um álbum, no dia. Para economizar nas revelações, aproveite as promoções que sempre surgem nos sites de compras coletivas.

 

5. Brincar de mímicas, adivinhações, mágica, Stop e jogos de tabuleiros

O legal é organizar rodadas curtas, com no máximo 30 minutos de duração para cada atividade.

Lembrete: as crianças alfabetizadas adoram jogar Stop, mas podem não estar tão hábeis na escrita rápida. Nesse caso, é interessante estipular um tempo de, por exemplo, 2 minutos para cada rodada.

 

6. Transformar a casa num laboratório

A ideia é fazer muitas experiências, inclusive para comemorar o ano internacional da química, que é 2011. As crianças adoram ver as reações químicas. Dá para fazer várias em casa sem correr riscos. No site do X-Tudo, da TV Cultura, tem experiência que não acaba mais e o legal é deixar cada um escolher a sua de preferência.

Lembrete: essa é mais uma atividade-projeto que pede planejamento prévio.

 

7. Brincar de faz de conta

Transformar a casa em restaurante, salão de beleza, oficina mecânica, escolinha, aniversário de boneca. Essa atividade é a que mais exige desprendimento dos adultos para deixar a imaginação fluir.

Lembrete: como quem comanda é a imaginação, o mais legal é não fazer superproduções, mas brincar com o que se tem à mão.

 

8. Ateliê de artes

Realizar atividades manuais, como reciclagem, desenho, pintura, colagem, misturebas, costura. O interessante é escolher um número de tarefas e montar os cantinhos destinados a cada uma pela casa. Deixe o banheiro ou a lavanderia como o local das misturebas, pois será mais fácil limpar depois.

Lembrete: todas essas atividades pedem certo planejamento prévio, como reunir a sucata.

 

9. Fazer uma horta

Essa é uma atividade-projeto, ou seja, requer algum planejamento antecipado, como a compra de material. As crianças mais velhas se envolvem muito e ficam genuinamente surpresas ao verem brotos despontarem nos vasos. Vale plantar de tudo: flores, frutos, saladas, legumes. Para não confundir os locais da plantação, peça às crianças que desenhem a planta em um papel. Com um palito, pregue o desenho e finque na terra.

Lembrete: antes de iniciar a plantação, caso more em local sem jardim, forre o chão com jornal para a terra não se espalhar pela casa inteira.

 

10. Fazer um piquenique

Atividade deliciosa, mas que pede planejamento. Com alguns dias de antecedência, escolham o local e o cardápio e verifiquem as condições climáticas (se for chover, transfira o piquenique para o chão da sala de casa). No dia anterior ao passeio, montem o farnel de comida, separem alguns brinquedos (bolo, disco, frescobol) e a máquina fotográfica para registrar os momentos do grande dia.

Lembrete: divirtam-se!

 

11. Corpos em movimento

Fazer jogos corporais, como pular corda, amarelinha ou ainda brincar de esconde-esconde, de pula-elástico. Também pode-se incluir na lista jogar bolinha de gude, empinar pipa, chute a gol.

Lembrete: assim como os jogos de tabuleiro, o legal é organizar rodadas curtas, com, no máximo, 30 minutos de duração para cada uma dessas atividades.

 

12. Do lado de fora de casa

Fazer passeios ao ar livre para andar de bicicleta, de patins, de patinete, de barco (hobbycat) ou surfar. Uma das atividades de que as crianças mais gostam é ficar em local aberto porque elas têm a oportunidade de utilizar um espaço mais amplo e livre que o da casa. Então, aproveite a oportunidade.

Lembrete: combinem com alguns dias de antecedência o lugar no passeio.

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Comer com atenção: essa é a proposta!

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Responda rápido: você toma café da manhã de pé porque vive com pressa? Não consegue nem lembrar o que comeu no almoço de ontem? Se você disse sim, confesso: somos dois. Na maior parte das refeições, não consigo comer comendo, isto é, saboreando o alimento com gosto e atenção. Ou mergulho em pensamentos ou me disperso com conversas, música e televisão. Ao comer perco completamente a atenção no momento presente, que tanto saboreio no resto do dia.

E sou obrigada a compartilhar uma constatação: alimentar-se assim não é bom. Quem come sem perceber o que manda para o estômago acaba engolindo mais do que precisa, não mastiga direito os alimentos e tem mais dificuldade para digerir. Assim, mais pela saúde e paz de espírito, decidi procurar uma maneira de me alimentar com mais atenção. E fui procurar quem entende do assunto.

Não mude nada

Esse é o primeiro conselho de Alicia Negri, professora de orioki (a arte de comer meditando) do grupo de meditação Shambhala, de São Paulo. Espera lá, meditação? O que tem isso a ver com comer? Bom, meditar tem a ver com qualquer coisa. Meditação é um exercício de atenção plena, é estar consciente a cada bocado da vida (inclusive à mesa), sentindo o corpo e o ambiente ao redor, sem se perder em pensamentos.

No primeiro contato, Alicia, que é mestre-cuca em meditação, me pede para não modificar nenhum hábito. Sugere apenas que eu traga mais consciência e atenção para tudo o que fizer durante a refeição. Só isso. Quando ouço suas palavras, estremeço. Pressinto que meus dias de saborosa inconsciência diante da tevê estão contados.

Tento seguir sua receita já no dia seguinte, na hora do almoço. Ligo as antenas e percebo que, quando começo a pôr a mesa, todo o meu ser pede mais simetria nos arranjos de copos, pratos e talheres. O curioso é que o desejo de arrumar a mesa vem de dentro, não é fruto de uma imposição qualquer. Alicia tinha razão. Não é preciso fazer nada intencionalmente. A atenção, sozinha, inspira tudo o que precisa ser feito.

Ouça a comida

“Comer inclui todos os sentidos e não só o gosto”, afirma Alicia na segunda vez que nos falamos pelo telefone. Ela me diz que gosta de colocar alimentos crocantes aqui e ali na refeição para despertar os ouvidos para a audição interna. Comecei a prestar atenção no “crunch-crunch” da erva-doce da salada, no barulhinho da granola no café da manhã, no croque da primeira mordida no pão fresquinho.

Quase por encanto, ao observar minha audição, os outros sentidos também despertam. Uma coisa puxa outra. Percebi, por exemplo, que gosto muito mais do cheiro do café que do café, do cheiro da pipoca que da pipoca. Notei também que preciso ver muitas cores nos alimentos porque, do contrário, sinto que não estou me nutrindo de algo fundamental. E é exatamente das cores, me diz Alicia. “Alimentamos-nos delas, tanto quando da comida”, afirma. A variedade é um estímulo a mais para se manter a atenção desperta. A rotina, um convite ao entorpecimento. Se for difícil ter todas as cores e sabores numa refeição, é possível aprender a desfrutar daquelas que estão presentes naquele momento.

Comendo impressões

O mestre armênio Georges Gurdjieff (1866-1949) dizia que nos nutrimos de três alimentos principais: comida, ar e impressões. Isso mesmo: impressões, aquilo que nos chega por meio dos sentidos. Ele também afirmava que podemos ficar um tempo sem comida e alguns minutos sem ar, mas nem um único segundo sem impressões. Elas estão constantemente nos alimentando. Isto é, segundo Gurdjieff, ao dar sua garfada de arroz com feijão diante da tevê vendo as cenas da guerra do Iraque, você engole junto todas as impressões – e emoções negativas – que você associa à guerra do Iraque. Notícias, portanto, só antes do jantar ou às 10 da noite, depois da digestão. Ou, melhor ainda, no dia seguinte.

Outra modificação fundamental: com atenção, a gente senta direitinho, com postura correta, mesmo se não houver ninguém olhando (você já deve estar se arrumando na cadeira). Percebo encantada que a elegância chega junto com a atenção, é seu efeito colateral principal. E ninguém precisa mandar ou ensinar. Estética e porte são seus derivados naturais.

Depois de falar pela última vez com Alicia e ela me dizer que meditar é apenas prestar atenção plena a algo, me veio uma cena do filme Corrida do Ouro, com Carlitos. Faminto e ilhado pela neve no alto de uma montanha, ele é obrigado a comer a única coisa que restava: uma velha botina. Mas com que elegância Carlitos põe a mesa, arruma os pratos e come aquela botina, com que graça lambe seus cadarços, com que delicadeza corta sua sola em pedacinhos… Pensando bem, sim, é possível comer meditando com misto quente.

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Conheça os benefícios do amendoim

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Seja para acompanhar a cerveja ou no pé de moleque, o amendoim é uma preferência nacional: 75% dos brasileiros costumam comer a leguminosa (sim, ele é um parente do feijão e da soja). Apesar disso, 63% dos entrevistados do Ibope para uma pesquisa encomendada pela Abicab, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados desconhecem as propriedades nutricionais da semente e 12% acreditam que ela é constituída apenas de gordura e colesterol ruim.
Embora bastante calórico, o amendoim é um aliado da boa forma. Um de seus principais predicados é promover a sensação de barriga cheia. “Ele precisa ser muito mastigado, o que ativa o centro cerebral que controla nossa saciedade e faz com que a fome demore mais para aparecer”, explica a nutricionista Vanderlí Marchiori, de São Paulo. Além disso, é fonte de fibras, que demoram mais tempo para ser digeridas, prolongando esse efeito.

Defensores do amendoim

Para dar um basta definitivo à má fama que ronda o petisco, pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo observaram ratos que o consumiam regularmente e chegaram a duas conclusões importantes: mesmo sem restrição de calorias, o amendoim ajudou a controlar o peso dos animais e “até quando o amendoim é bem triturado pelos dentes, nem todas as moléculas de gordura são quebradas”, observa a pesquisadora Neuza Maria Brunoro Costa, que liderou a investigação
Outro trabalho, dessa vez da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais, revelou que o amendoim dá uma acelerada de 11% no metabolismo – pelo menos no dos roedores analisados. Em seres humanos, a pesquisadora Sandra Bragança Coelho, autora da investigação, constatou que indivíduos com peso normal deixavam de beliscar a torto e a direito depois de se deliciarem com amendoim. No entanto, esse fenômeno não se repetiu entre os obesos, que devoravam a leguminosa sem excluir itens pró-pneus do cardápio. “O ideal é substituir fontes de gorduras saturadas, como os embutidos, por ela”, adverte. Daí, vale o alerta: é preciso ter autocontrole para não fugir da recomendação de 30 gramas diários, o equivalente a uma mão fechada. Do contrário, o auxílio vira sabotagem.
Além da mãozinha na hora de emagrecer, o amendoim também é um protetor do coração. Isso porque contém nutrientes fundamentais para diminuir o colesterol LDL, a faceta ruim da molécula, e manter as artérias sempre saudáveis, afastando o risco de doenças cardiovasculares. É o caso dos fitoesteróis, substâncias que competem com o LDL na hora em que ele gruda em células específicas para ser assimilado. “Os fitoesteróis enganam o organismo, tomando o lugar do mau colesterol e favorecendo sua eliminação”, esclarece a pesquisadora Neuza Maria Brunoro Costa.
Outro defensor do peito encontrado aos montes no amendoim é o resveratrol, aquele corante natural que também dá pinta em uvas e cebolas roxas. Por ser um poderoso antioxidante, ele age impedindo que o colesterol LDL forme placas enrijecidas nas artérias, a gênese da aterosclerose, um entupimento generalizado que abre caminho para a ocorrência de um infarto.
Um trunfo pouco estudado desse primo do feijão é a presença da arginina, um aminoácido que, dentro do corpo, se transforma em óxido nítrico. “Ele relaxa as artérias, o que aumenta o fluxo sanguíneo e diminui a pressão arterial”, ensina o nutrólogo José Alves Lara Neto, da Associação Brasileira de Nutrologia. E, como toda oleaginosa, o amendoim é fonte de ácidos graxos monoinsaturados, as gorduras do bem – incluindo o ômega-3. “Ele ainda fornece grandes quantidades de potássio, magnésio e vitamina E”, elenca Lara. Por falar nesses dois últimos nutrientes, trata-se de uma dupla essencial para deixar o cérebro funcionando nos trinques. Já o potássio é célebre por evitar cãibras e fortalecer os ossos. Tudo isso é, sem dúvida, um prato cheio para a sua saúde.

O jeito certo de consumir

Apesar de tão nutritivo, nessa altura já está claro que não pode ser saboreado aos montes. Até porque algumas versões industrializadas, aquelas coloridas e com cascas bonitas, têm sódio a rodo. Essas pitadas a mais do ingrediente fazem o risco de doenças cardiovasculares, como a pressão alta, disparar. É importante também se atentar à quantidade. Para fugir das armadilhas, a nutricionista ensina uma dica: torrá-lo em casa.
Se optar pelo industrializado, procure marcas com o selo da Fundação Pró- Amendoim, que fiscaliza todas as etapas de produção do tira-gosto, atestando sua boa procedência. É que a aflatoxina, uma substância maligna presente em um fungo, pode dar as caras se o amendoim teve problemas na armazenagem ou empacotamento. “Ela então se aloja na casquinha e produz sérios danos ao fígado”, adverte Sandra Bragança Coelho. Mas, com cuidado na hora da compra, é possível incluir essa delícia no cardápio numa boa.

Atenção à mesa

Nem todas as formas de consumo do amendoim freiam o ponteiro da balança. Conheça as mais populares e acerte na hora da compra:
Torrado: ele preserva todos os nutrientes da leguminosa.
Paçoca: na versão tradicional, o açúcar vem em excesso.
In natura: liberado! Sua casca vermelha é nutritiva.
Pé de moleque: o caramelo é uma doce armadilha para a dieta.
Japonês: o alto teor de sódio é seu ponto fraco.

Um verdadeiro afrodisíaco

A sabedoria popular já dizia e a ciência comprova: o amendoim turbina, sim, a libido. O segredo de seu sucesso está na grande oferta de zinco, nutriente vital para o cérebro. “Quando estamos sob estresse, nossos neurônios gastam mais zinco do que o previsto. Daí, sobra pouco para a produção dos hormônios sexuais, o que derruba o desejo”, explica a nutricionista Vanderlí Marchiori. A ajuda vale para ambos os sexos, mas atenção: não adianta comer minutos antes do bem-bom. “Esse efeito só pode ser observado com o consumo frequente da leguminosa”, completa ela.
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Oito recursos grátis para exercitar seu cérebro

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Manter o cérebro ativo é tão importante pra sua saúde mental quanto se mexer é fundamental pra sua saúde física. E para manter o cérebro em forma, o negócio é jamais parar de aprender. Em todos os estágios da sua vida é necessário manter o cérebro trabalhando e assimilando novos conhecimentos. De livros a caça-palavras, tudo vale. Mas a internet, claro, é o reduto mais significativo de recursos pra você se manter aprendendo e renovando as células cerebrais.

O site OpenCulture separou alguns links e nos inspirou a fazer uma lista também. Olha só:

Cursos online gratuitos. Caso você tenha perdido, preparamos há algumas semanas um guia completo com links e dicas de dezenas de universidades americanas e sites de educação a distância que oferecem cursos (muitos com diplomas) pela web totalmente grátis. No Brasil, sites como o do IPED e até a FGV oferecem também cursos online gratuitos.

Ensino de idiomas. Também vale conferir sites gratuitos para aprender outras línguas, como o LiveMocha, o Babbele o Duolingo.

Audiolivros gratuitos para download. Neste link do OpenCulture, há uma lista enorme de audiolivros (em inglês, o que já ajuda a aperfeiçoar seu aprendizado de idiomas também!). Entre os títuls, clássicos como Arthur Conan Doyle e Charles Dickens e também escritores modernos, como Neil Gaiman, David Sedaris, José Saramgo e Philip K. Dick.

Livros gratuitos para download legal. O OpenCulture também tem um diretório de livros gratuitos. São 450 títulos, a maioria de autores clássicos, cujos títulos já entraram em domínio público. Outra fonte interessante é o Free e-bookse a versão em português do mesmo site.

Filmes grátis para assistir online (legalmente!): sim, isso existe. Nessa lista, você encontra filmes que podem assistir online sem nenhuma culpa, seja por estarem em domínio público ou porque seus atores liberaram esse tipo de exibição.

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Alimentos orgânicos para uma vida mais saudável

Além de serem mais saudáveis, os orgânicos incentivam novas formas de cuidado com a terra
Foto: Marco Flávio

Cada vez mais pessoas estão decididas a encarar o desafio de cultivar a terra de forma mais natural, seja sozinho, seja em comunidades organizadas. O curioso é que muitos desses atuais produtores exerciam profissões liberais em grandes centros urbanos e não tinham nada a ver com agricultura ou criação de animais. Mas, em um dado momento da vida, resolveram se aventurar no campo. Ou, por serem herdeiros de negócios rurais, decidiram assumir o posto para reinventá-los. Há ainda uma terceira vertente dessa mudança, que são os produtores que nunca abandonaram sua terra, gente simples, mas atenta à mudança do mercado, que decidiu investir numa produção mais especializada.

Essa mudança de comportamento aconteceu ao longo dos últimos dez anos, quando os pequenos produtores rurais perceberam que produtos artesanais, orgânicos ou biodonâmicos se tornaram a coqueluche dos que querem se alimentar de uma maneira mais natural.

Ligados a uma região e a um sabor local, eles nos levam a nos identificarmos com o meio rural: a fazenda, a cidadezinha ou a família que os produz. E, nesse planeta onde tudo se uniformiza, quem começa a despontar agora é a exceção. “O singular ficou cheio de meandros”, diz o sociólogo da alimentação Carlos Alberto Dória. A França vem preconizando uma nova onda na gastronomia mundial ao valorizar o apreço pelos ingredientes e métodos naturais que a tornaram uma referência na cultura da alimentação.

Do grão ao pão

Jean-Luc Desplat, um agricultor de cereais do vale do Loire, decidiu cuidar de todas as etapas que envolvem o ciclo de produção, fabricação e comercialização do pão que faz artesanalmente. Isto é, Jean-Luc planta e colhe o trigo, prepara o pão e o comercializa. A medida, diz ele, serve para garantir a excelência do seu produto.

O curioso é que, 20 anos atrás, ele estava disposto a praticar uma agricultura intensa na fazenda que tinha herdado dos seus pais. Nos seus planos estava a utilização de agrotóxicos, sementes ultrarrentáveis e tratores novinhos em folha. Ele mudou drasticamente de opinião após ter sido voluntário em um serviço humanitário em Benim, país do continente africano. “Abandonei o sonho de querer ficar rico com a agricultura. Na África aprendi que podemos viver com quase nada e ser perfeitamente felizes”, diz.

A nossa vez

No Brasil também podemos ver os passos largos desse movimento, que começou com iniciativas de pequenos produtores. Em 1974, por exemplo, surgiu a primeira fazenda biodinâmica brasileira, a Estância Demétria, em Botucatu, interior de São Paulo. Na agricultura biodinâmica, as plantas são fortificadas com preparados homeopáticos, feitos pelos próprios agricultores. E os ciclos de plantação e colheita respeitam até o calendário lunar.

O casal Maria José e Francisco Carlos Viesi resolveu produzir alguns dos alimentos cultivados no sítio Terra Mãe, em Joaquim Egídio, distrito de Campinas (SP), seguindo essa filosofia. Empresários de suprimentos para o setor de saúde, resolveram investir na outra ponta do processo ao produzir alimentos naturais e mais saudáveis. “As pessoas hoje vivem presas no escritório o dia inteiro e mal têm tempo para comer, se preocupam muito pouco com isso”, diz Zezé. Depois de passar mais de dez anos vendo de perto as doenças, ela percebeu que nossa relação com a alimentação também está carecendo de cuidados. “Ao produzir orgânicos e biodinâmicos, queremos ensinar a importância de manipular aquilo que comemos, sendo mais conscientes do que levamos à mesa”, afirma. Ainda em fase de testes, a propriedade investe na produção de alimentos tão diversos quanto caqui, alface, tomate, acerola, entre outros. E ainda promove encontros tanto para produtores quanto para cozinheiras e crianças, que aprendem a valorizar o alimento desde cedo.

Nessa mesma linha de cooperação regional, a Família Orgânica, microempresa que apostou na agricultura natural e na permacultura, começou quando Dercílio Pupin decidiu se mudar para uma fazenda em Campinas para criar os filhos. Hoje existem mais de 700 famílias envolvidas direta ou indiretamente na produção dos alimentos comercializados pela empresa. Além dos proprietários do sítio Terra Mãe, a Família Orgânica já possui cerca de outros 20 produtores ligados à sua rede, que trabalham em família, com apoio da comunidade e associações ou cooperativas para produzir e vender seus produtos nas próprias fazendas, em feirinhas ou lojas especializadas.